Sete criaturas foram contempladas pelo próprio universo com a existência. Por eras, conviveram ao lado dos mortais, mas seu poder e força assustaram a raça humana, que tende a querer destruir o que não compreende. Zeenyir tornara-se seu lar, lugar onde as leis mortais não se aplicam, em que uma única gota d’agua cura todos os males do corpo e da alma, onde a relva se faz presente como um ser vivente. Ali elas eram vistas como protetoras daqueles que não podiam se proteger e viveram em paz durante séculos. Mas tudo mudara, pois seis daquelas belíssimas criaturas decidiram ter uma herdeira para lhes fazer companhia em meio a vida eterna. A fúria da sétima irmã se elevou, o poder lhe dominou e decidira trazer sua herdeira ao mundo, mas não para amá-la e sim escravizá-la para que assim seu poder fosse mantido. Ela queria mais, necessitava que sua raça adentrasse Zeenyir, que seu poder se alastrasse pelas terras e que seu trono fosse erguido para que todos se prostrassem. Temerosas pelo combate, as seis mulheres enviaram suas primogênitas para o mais longe possível; terras humanas, e batalharam contra sua própria irmã, pagando um alto preço para que a forte criatura fosse contida. Os anos se passaram e o verdadeiro combate se aproxima. As crianças viveram com os humanos, acreditando ser seus semelhantes, mas a verdade as persegue. Há uma época imemoriável, onde a concepção de tempo ainda não existia, em meio a calma e tranquila singela escuridão do universo e a criação da vida, sete feixes de luz surgiram, encontrando-se e dançaram entre si. Os feixes se uniram, formando então uma belíssima flor e desta flor, algo nascera – algo fora criado... As Sete Pétalas.